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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Censura no poder social do jornalista



Passar informações ao cidadão comum. Essa é a função primordial do jornalismo e da mídia. Mas, repassar notícias é uma tarefa muito mais espetaculosa e trabalhosa, do que se pode imaginar. A responsabilidade de informar é também a responsabilidade de selecionar, o que deve ou não ser divulgado. E será que o sempre nos é repassado o que devemos saber?Talvez, nem sempre...

Recentemente alguns casos de jornalistas mortos vêm aparecendo, mortes que

ocorrem de maneira misteriosa e que podem ser ocasionadas por pessoas que não gostariam que a carreira desses jornalistas questionadores tivessem existido. Tudo isso, porque muitas vezes esses profissionais da verdade cumprem com seu papel de fazer desenvolver a sociedade, e de mostrar ao público o quanto os direitos são postos a fogo pelas próprias autoridades.

Tal fato faz com que pensemos que a mídia pode sim ter um papel muito impor

tante no desenvolvimento social, um papel de mostrar a verdade que muitos desejam que seja oculta. O que faz salientar que aquele desejo dos jornalistas iniciantes de “construir um mundo melhor”, pode sim fazer algum sentido. Mas, o problema está nos percalços que se pode encontrar pelo caminho. Os jornalistas chegam a serem mortos por ‘falarem’ ou “descobrirem’ demais.


A grande questão é que nossa sociedade se importa muito mais em formar trabalhadores braçais e operários do que pensadores e questionadores. E então é ai que a mídia e os grandes intelectuais entram, a fim de informarem e mostrarem que as bondades do governo poderiam ser muito mais firmes e não intencionárias.

Desenvolver a sociedade é formar pessoas que questionem o seu poder como cidadão, uma população que não se cala e sabe bem dos seus direitos. Porém, mais do que educar é preciso informar desse poder, e nem sempre isso é permitido. Informar o certo de direito significa mostrar o errado que está sendo feito, e nem sempre jornais, telejornais têm a coragem de denunciar e acabarem sendo inocentemente processados.


Aline Rodrigues Imercio

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cracolândia: Expulsar não é curar



Cavalaria da guarda militar, civis, pms e muitos jornalistas compunham o cenário de guerra para a invasão da Cracolândia em São Paulo, no dia 3 de janeiro. Uma região que há muito tempo acolhe usuários de crack e traficantes, mostrando o retrato de uma rua decadente. Mas a invasão dos policiais no combate ao tráfico da região, só vez com que esses usuários de despertassem desse local e se espalhassem pela capital paulistana.

Seria essa então a solução mais adequada para combater o uso de crack no Estado? Talvez seja parte da ação que deve ser feita para esse combate. Não é de hoje que muitos jornais e reportagens especiais mostram a tristeza que se tornou aquela região, com prédios invadidos, moradores sem sossego e seres humanos sem nenhuma esperança de reeguerem suas vidas. Sendo assim, invadir a Cracolândia e fazer com que ela mude esse quadro é altamente benéfico, porém não podemos esquecer que pessoas compunham esse quadro triste e jogar essas pessoas como se fossem entulhos em outra região a fim de, colocar a sujeira debaixo do tapete, é inaceitável.

O que assistimos hoje, dias após o início dessa invasão é justamente isso, a Cracolândia tornando-se um local mais agradável e os usuários de crack espalhados pela cidade realizando feiras para venda crack, furtos em diversos locais para manterem seus vícios e sendo afastados para outras praças quando a polícia percebem que eles estão “incomodando”.

Diante de tudo isso, a verdade é só uma não adianta tratar da aparência da cidade e não dar atenção de seus habitantes. Essas pessoas são antes de tudo, pessoas doentes, tomadas pelo vício, que entraram de forma errada nisso, mas que hoje estão completamente abandonadas pela sociedade e pelas autoridades. Portanto, hoje, é dever do estado não só colocá-los na cadeia e humilhá-los em praça pública, é dever mostrar um caminho alternativo de internação de qualidade e gratuita, porque verba para isso o Brasil tem sim.


Aline Rodrigues Imercio